( Aniversário 91 anos do Claudão comemorado com Dona Zezé , seus filhos,genro, nora, netos e bisneto na casa de Claudete)
O tempo corre apressadamente!
Cada mês do ano vem marcado por algum evento que nos leva a fazer associações mentais. Começamos então a estabelecer as relações: janeiro - praia: fevereiro-carnaval; março - retomar a rotina estudo - trabalho; abril - Páscoa; maio - dia das mães, aniversário de Itaperuna e mês das noivas; junho - dia dos namorados e festa junina; julho - férias escolares e festas julinas e AGOSTO - DIA DOS PAIS.
Quantos belos DIAS DOS PAIS pude vivenciar até hoje!
Nessa data, geralmente as famílias se reúnem em casa ou nos restaurantes para homenagear a pessoa que se dedicou a exercer o papel de PAI.
Pode ser o pai biológico, mas na ausência ou omissão dele, pode-se eleger um pai do coração, um padrinho de batismo, um avô, um tio, às vezes o irmão mais velho ou o novo marido da mãe. Não importa! O que vale é termos em nossa vida alguém especial que desejou SER NOSSO PAI.
Cresci numa família em que tudo girava em torno do pai. O melhor lugar à mesa, o maior pedaço de frango, o primeiro pedaço de bolo, a sobremesa favorita, a comida especial... tudo era do pai. Ouvir as palavras de ordem "primeiro e melhor" já concluía: - lá vem o papai de novo! Confesso que achava minha mãe "DEDICADA DEMAIS" e não perdia a oportunidade de expressar minha opinião em forma de brincadeira. Nos momentos em que a pegava preparando algo para o papai, só para implicar, eu passava perto e cantava: "Amélia que era mulher de verdade!"
Até para se identificar ao telefone ela dizia: - Oi, tudo bem? Aqui é a Zezé do Cláudio! Achava aquilo tudo bem exagerado, mas era o meu contexto familiar e tratei de assimilar as regras da casa e proceder como orienta o ditado popular: "manda quem pode e obedece quem tem juízo!”
Confesso que ter uma mãe amorosa e um pai que sabia exercer o seu papel de autoridade não me faz mal nenhum! Ao contrário, de alguma forma o equilíbrio se estabelecia e me fazia sentir a certeza de ter um lugar no mundo, UM LAR!
Tinha um pai rígido, fechado, de poucas palavras, mas possuidor de muitas atitudes admiráveis. Era exigente, mas ao mesmo tempo amoroso e protetor!
De repente me lembrei da monografia intitulada: "NINGUÉM LIGA PRA MIM!..." O lugar do pai na vida de uma menina, escrito por minha filha caçula Aline ao concluir a Pós-graduação em Psicanálise Infantil na PUC do Rio de Janeiro em agosto de 2008. Uma das perguntas que conduzia o trabalho acerca da menina que adoece pelo espaço vazio que o pai deixou em sua vida era a seguinte:
- Os homens ao se tornarem pais conseguem perceber a significação do seu papel na vida de suas filhas?
Trocando em miúdos queremos saber se os homens conseguem avaliar a importância que eles têm na vida de seus filhos?
Parte tocante do trabalho nos mostra a forte reação de Gisele (nome fictício) quando seu pai marcava de ir buscá-la e não aparecia, quando prometia telefonar e não cumpria. Enfim, se sentindo ignorada e se dando conta que o amor do pai lhe faltava, ela exclamava desesperadoramente:- "Ninguém liga pra mim!"
Não ter o amor do pai era sentido como se todo o amor do mundo lhe fosse negado.
O trabalho se desenvolve mostrando a superação da menina que clamava sofridamente pelo amor do pai a ponto de adoecer.
Traz à tona as tramas do romance familiar que envolve mãe-pai e filha e atenta ao fato do quanto precisamos desse amor primeiro para seguirmos pela vida construindo novos relacionamentos amorosos.
O trabalho psicanalítico ajudou a entender a sutileza da relação pai e filha e o lugar privilegiado que a figura paterna ocupa na vida de uma menina.
O pai entra na vida da menina para ajudá-la a fazer a passagem da vida doméstica para a vida social e certamente é ele que pode lhe servir de modelo para eleger futuramente o homem amado, o namorado, o marido.
A luta para conseguir a atenção do pai, para garantir a presença dele em sua vida se faz vitoriosa após um ano de trabalho clínico e a menina pode se libertar de seus sintomas de angústia, ansiedade e hiperatividade que se traduziam em baixo rendimento escolar e diminuição da visão.
Gisele finalmente conseguiu fazer o pai perceber a importância que ele tinha em sua vida e o quanto isso seria decisivo na construção da sua felicidade e da sua identidade feminina.
Volto ao início do trabalho e leio atentamente o que a autora escreve como dedicatória:
Dedico este trabalho ao meu pai, que sempre soube se fazer presente em minha vida acompanhando todas as minhas etapas de crescimento e colaborando para minha transformação de menina em mulher.
A autora pode compreender a dor de Gisele causada pela falta do amor paterno e ao mesmo tempo voltar à sua vida pessoal e reconhecer o amor que o seu pai sempre lhe dedicou.
É bom ter um pai! Melhor ainda é ter um pai que soube se fazer presente de tal forma em nossas vidas que permanece a cada dia mais VIVO e inspirador dentro de nós!
Aproveito essa data especial desejando que os pais consigam detectar um pouquinho da Gisele que pode surgir em algum momento na vida de cada filha ou cada filho, seguros de que O AMOR DO PAI é a melhor herança que se pode deixar para os filhos. É um bem maior que fica para sempre!
Desejo a todos UM FELIZ DIA DOS PAIS e para celebrar a grandiosidade dessa data quero compartilhar com todo Itaperunense a felicidade de termos algo muito precioso em comum: O amor do pai... o nosso pai... o pai de uma cidade inteira... DE ITAPERUNA O PAIZÃO... O NOSSO ETERNO CLAUDÃO!
Por Claudete Machado Cerqueira
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O tempo corre apressadamente!
Cada mês do ano vem marcado por algum evento que nos leva a fazer associações mentais. Começamos então a estabelecer as relações: janeiro - praia: fevereiro-carnaval; março - retomar a rotina estudo - trabalho; abril - Páscoa; maio - dia das mães, aniversário de Itaperuna e mês das noivas; junho - dia dos namorados e festa junina; julho - férias escolares e festas julinas e AGOSTO - DIA DOS PAIS.
Quantos belos DIAS DOS PAIS pude vivenciar até hoje!
Nessa data, geralmente as famílias se reúnem em casa ou nos restaurantes para homenagear a pessoa que se dedicou a exercer o papel de PAI.
Pode ser o pai biológico, mas na ausência ou omissão dele, pode-se eleger um pai do coração, um padrinho de batismo, um avô, um tio, às vezes o irmão mais velho ou o novo marido da mãe. Não importa! O que vale é termos em nossa vida alguém especial que desejou SER NOSSO PAI.
Cresci numa família em que tudo girava em torno do pai. O melhor lugar à mesa, o maior pedaço de frango, o primeiro pedaço de bolo, a sobremesa favorita, a comida especial... tudo era do pai. Ouvir as palavras de ordem "primeiro e melhor" já concluía: - lá vem o papai de novo! Confesso que achava minha mãe "DEDICADA DEMAIS" e não perdia a oportunidade de expressar minha opinião em forma de brincadeira. Nos momentos em que a pegava preparando algo para o papai, só para implicar, eu passava perto e cantava: "Amélia que era mulher de verdade!"
Até para se identificar ao telefone ela dizia: - Oi, tudo bem? Aqui é a Zezé do Cláudio! Achava aquilo tudo bem exagerado, mas era o meu contexto familiar e tratei de assimilar as regras da casa e proceder como orienta o ditado popular: "manda quem pode e obedece quem tem juízo!”
Confesso que ter uma mãe amorosa e um pai que sabia exercer o seu papel de autoridade não me faz mal nenhum! Ao contrário, de alguma forma o equilíbrio se estabelecia e me fazia sentir a certeza de ter um lugar no mundo, UM LAR!
Tinha um pai rígido, fechado, de poucas palavras, mas possuidor de muitas atitudes admiráveis. Era exigente, mas ao mesmo tempo amoroso e protetor!
De repente me lembrei da monografia intitulada: "NINGUÉM LIGA PRA MIM!..." O lugar do pai na vida de uma menina, escrito por minha filha caçula Aline ao concluir a Pós-graduação em Psicanálise Infantil na PUC do Rio de Janeiro em agosto de 2008. Uma das perguntas que conduzia o trabalho acerca da menina que adoece pelo espaço vazio que o pai deixou em sua vida era a seguinte:
- Os homens ao se tornarem pais conseguem perceber a significação do seu papel na vida de suas filhas?
Trocando em miúdos queremos saber se os homens conseguem avaliar a importância que eles têm na vida de seus filhos?
Parte tocante do trabalho nos mostra a forte reação de Gisele (nome fictício) quando seu pai marcava de ir buscá-la e não aparecia, quando prometia telefonar e não cumpria. Enfim, se sentindo ignorada e se dando conta que o amor do pai lhe faltava, ela exclamava desesperadoramente:- "Ninguém liga pra mim!"
Não ter o amor do pai era sentido como se todo o amor do mundo lhe fosse negado.
O trabalho se desenvolve mostrando a superação da menina que clamava sofridamente pelo amor do pai a ponto de adoecer.
Traz à tona as tramas do romance familiar que envolve mãe-pai e filha e atenta ao fato do quanto precisamos desse amor primeiro para seguirmos pela vida construindo novos relacionamentos amorosos.
O trabalho psicanalítico ajudou a entender a sutileza da relação pai e filha e o lugar privilegiado que a figura paterna ocupa na vida de uma menina.
O pai entra na vida da menina para ajudá-la a fazer a passagem da vida doméstica para a vida social e certamente é ele que pode lhe servir de modelo para eleger futuramente o homem amado, o namorado, o marido.
A luta para conseguir a atenção do pai, para garantir a presença dele em sua vida se faz vitoriosa após um ano de trabalho clínico e a menina pode se libertar de seus sintomas de angústia, ansiedade e hiperatividade que se traduziam em baixo rendimento escolar e diminuição da visão.
Gisele finalmente conseguiu fazer o pai perceber a importância que ele tinha em sua vida e o quanto isso seria decisivo na construção da sua felicidade e da sua identidade feminina.
Volto ao início do trabalho e leio atentamente o que a autora escreve como dedicatória:
Dedico este trabalho ao meu pai, que sempre soube se fazer presente em minha vida acompanhando todas as minhas etapas de crescimento e colaborando para minha transformação de menina em mulher.
A autora pode compreender a dor de Gisele causada pela falta do amor paterno e ao mesmo tempo voltar à sua vida pessoal e reconhecer o amor que o seu pai sempre lhe dedicou.
É bom ter um pai! Melhor ainda é ter um pai que soube se fazer presente de tal forma em nossas vidas que permanece a cada dia mais VIVO e inspirador dentro de nós!
Aproveito essa data especial desejando que os pais consigam detectar um pouquinho da Gisele que pode surgir em algum momento na vida de cada filha ou cada filho, seguros de que O AMOR DO PAI é a melhor herança que se pode deixar para os filhos. É um bem maior que fica para sempre!
Desejo a todos UM FELIZ DIA DOS PAIS e para celebrar a grandiosidade dessa data quero compartilhar com todo Itaperunense a felicidade de termos algo muito precioso em comum: O amor do pai... o nosso pai... o pai de uma cidade inteira... DE ITAPERUNA O PAIZÃO... O NOSSO ETERNO CLAUDÃO!
Por Claudete Machado Cerqueira
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OBRIGADA AMIGA PELO ENVIO DO TEXTO
ResponderExcluirBJS
DILMA
Olha, vc caprichou ehin... Muito linda parabéns. Emocionante!!!
ResponderExcluirUm grande abraço e feliz dias pais tbm para o PAIZÃO Aurênio. rs rs
Abraço,
Sérgio Martins
Linda mensagem! Agradeço e devo dizer que tambem estou saudoso do Grande Prefeito, orgulho de nossa família.
ResponderExcluirJosé Aguinaldo.
Parabéns pelo texto belíssimo e emocionante!
ResponderExcluirAtt,
Livia Dutra
Assessoria de Comunicação
22.3811.0111 (ramal 247)